Mãe é assassinada na frente da filha em BH, e garota se esconde em igreja

Ex-companheiro da vítima é o principal suspeito; mulher foi morta no meio da rua com quatro tiros

Foto: Videopress Produtora

Uma mulher de 23 anos foi  assassinada com quatro tiros na frente da filha de oito anos. O crime aconteceu no meio da rua, na noite do último domingo (14), no bairro Alto Vera Cruz, na região Leste de Belo Horizonte. A mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Para se esquivar da morte, a garotinha correu em meio aos tiros e conseguiu se refugiar dentro de uma igreja evangélica, onde pediu socorro. O ex-companheiro da vítima é o principal suspeito de ter cometido o crime.

De acordo com testemunhas que presenciaram o assassinato, quando mãe e filha estavam no ponto de ônibus esperando a condução para irem para casa, localizada na região, o ex-companheiro da mulher, que estava de moto, se aproximou dela, sacou uma arma, deu quatro tiros e fugiu em seguida.

“Nós quase a salvamos. Vimos ela e a filha no ponto de ônibus, quando paramos para dar carona, ele surgiu de moto, deu quatro tiros e fugiu. Todos os disparos acertaram. Ele não deu chance dela se defender”, contou uma testemunha que preferiu o anonimato com medo de represálias.

Mulher era vítima de agressões constantes

De acordo com familiares e amigos próximos da vítima que preferiram o anonimato com medo de represálias, a jovem se relacionou por cinco anos com o suspeito. Durante este tempo, ela apanhou por inúmeras vezes. Ela também sofria severas torturas psicológicas.

Tentando reconstruir a vida, há pouco mais de 30 dias, a mulher resolveu sair do relacionamento abusivo e voltou para a casa da mãe. A partir daí, ela não parou de receber ameaças de morte do ex-companheiro.

“Ela apanhava muito. Já apanhou até de capacete, ficou com o rosto todo machucado. Ele ia atrás dela no trabalho, perseguia, falava que ia matá-la, amaeaçava de matar a família dela, caso ela o abandonasse. Ele levava mulheres para dentro de casa, não trabalhava. Ela bancava a casa toda sozinha e quando tomou a decisão de se livrar dos abusos, ele cumpriu a promessa. Ela mão merecia ter terminado assim”, contou.

Familiares da jovem está com medo de serem perseguidos e mortos

Muito abalados familiares da vítima estão com medo de serem perseguidos e mortos pelo suspeito. “Ele disse que a mataria e também nos mataria. Estamos com medo, ele ainda está desaparecido. Enquanto isso, vamos tentar nos reconstruir, mas está difícil, estamos  todos destroçados, ” contou.

Filha que presenciou o crime está com medo de sair de casa

Ainda conforme parentes da vítima, a mulher deixou duas filhas:  de 4 e 8 anos. A mais velha, que presenciou o crime, era enteada do suspeito.Já a mais nova, é filha do homem. As meninas, que estão abaladas e com medo de sair de casa farão acompanhamento psicológico.

” As meninas estão com a avó. A mais velha está muito assustada, ela acorda no meio da noite e está com medo de sair de casa. A mais novinha ainda não sabe o que aconteceu. Vamos levá-las ao psicólogo. As meninas moravam com eles e viam as agressões que a mãe passava. Elas também são vítimas e precisam de cuidado. Agora vamos ter que ser fortes para cuidar delas”, revelou a parente.

Corpo da vítima ainda está no IML

O corpo da vítima ainda está no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.  “Estamos cuidando de tudo ainda.Acredito que até amanhã ela já seja sepultada”, disse um familiar.

Polícia Civil

A Polícia Civil ainda investiga o caso. Até o momento ninguém foi preso.  “Assim que acionada uma equipe equipe composta por perito e investigadores compareceram ao local do fato, onde foram realizados os primeiros levantamentos e coleta de vestígios. A Polícia Civil ressalta que, após o crime, nenhum envolvido na ocorrência foi conduzido à Delegacia de Plantão para as medidas cabíveis. O corpo da vítima, de 23 anos, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para se submeter aos exames de praxe e os trabalhos investigativos estão em andamento. Outras informações serão prestadas com o avançar da investigação para não comprometer o andamento do feito”, pontuou a nota.

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