Varíola dos macacos: 18 casos são confirmados em Minas Gerais

Dados foram atualizados nesse domingo, com quatro novos casos. Minas é o terceiro estado com mais contaminações, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Os casos foram confirmados por exames laboratoriais da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Oito suspeitas ainda estão em investigação
(foto: Ikki Garzon/Funed)

Os dados sobre a disseminação da varíola dos macacos em Minas Gerais foram atualizados neste domingo (10/7) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). São 18 casos confirmados, após exames laboratoriais da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Oito suspeitas ainda estão em investigação.

Belo Horizonte concentra 83% dos casos, 15 do total. Outros dois são de Sete Lagoas e um de Governador Valadares. Minas Gerais é o terceiro estado com maior incidência do vírus no Brasil, atrás de São Paulo (158 casos) e Rio de Janeiro (34).
A Secretaria informou também que 14 suspeitas foram descartadas. Oito seguem em investigação, em Belo Horizonte (4), Almenara (1), Três Corações (1), Betim (1) e Porteirinha (1).
Todos os contaminados são homens entre 22 e 46 anos. O local provável de contaminação de 15 dos casos foi em São Paulo, e dois no exterior. Um dos casos confirmados ainda não tem local provável de contaminação definido e está em investigação.
O quadro dos pacientes que contraíram a doença é estável, e todos estão em isolamento domiciliar, informou a SES.

Transmissão da doença

A varíola causada pelo vírus hMPXV (human monkeypox virus, na sigla em inglês), do gênero Orthopoxvirus, causa uma doença mais branda do que a varíola smallpox,  erradicada na década de 1980.
Trata-se de uma doença viral transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais.
A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente. Atualmente, há surtos da doença em pelo menos 53 países, com quase 6 mil casos.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool em gel.
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