Mulher mantida em cárcere privado envia bilhete à professora do filho pedindo socorro e é resgatada pela Guarda Municipal, em BH

Homem foi conduzido à Delegacia da Mulher, na capital mineira (Reprodução/Google Street View)

Uma mulher de 30 anos foi mantida em cárcere privado e agredida pelo ex-companheiro por quatro dias consecutivos, até que ela encontrou uma chance de pedir socorro. A vítima teve sua casa invadida na sexta-feira (12) no bairro Jardim Leblon, em Venda Nova, Belo Horizonte, e permaneceu como refém até terça-feira.

Através de um bilhete deixado no caderno do filho, a mulher conseguiu enviar uma mensagem pedindo ajuda à professora da criança. Ao abrir o caderno para passar as atividades do dia, a professora deparou-se com o bilhete que dizia: “Socorro, liga para a polícia, aqui está meu endereço, estou sendo agredida há quatro dias”.

A Guarda Municipal foi acionada e dirigiu-se ao endereço fornecido. Lá, eles conseguiram libertar a mulher e prender o suspeito, de 34 anos. O homem foi conduzido à Delegacia da Mulher em Belo Horizonte, onde teve a prisão ratificada por lesão corporal, ameaça, cárcere privado e descumprimento de medida protetiva.

A vítima já possuía uma medida protetiva contra o agressor, que foi desrespeitada quando ele invadiu a casa onde ela vivia com a criança na sexta-feira. Na ocasião, o agressor usava uma tornozeleira eletrônica.

Durante os quatro dias de cárcere privado, a mulher foi mantida trancada no imóvel e impedida de usar o celular. Além disso, ela sofreu agressões em todo o corpo, impossibilitada de contatar seus parentes ou qualquer pessoa que pudesse ajudá-la.

Enquanto isso, a criança, um menino de quatro anos, insistiu em ir à escola na terça-feira. O agressor permitiu e, nesse momento, a mulher aproveitou a oportunidade para escrever o bilhete à professora.

Ao tomar conhecimento do ocorrido, a coordenadora da escola acionou o Conselho Tutelar de Venda Nova. A criança foi temporariamente colocada sob os cuidados do órgão para que a mãe pudesse registrar um novo boletim de ocorrência contra o agressor.

VIARedação
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