Falso agente de modelos mirins é preso no centro de BH

Foto: Divulgação

Um homem, de 27 anos, foi preso, neste sábado (12), em um hotel no centro de Belo Horizonte. Ele é suspeito de se passar por agente de modelos mirins. O suspeito teria enganado 36 representantes legais de crianças e já teria lucrado com o golpe cerca de R$ 50 mil.

Conheça o golpe
De acordo com a polícia, pais e mães, aparentemente de baixo poder aquisitivo, eram abordados no centro da cidade com a falsa promessa de que seus filhos poderiam ingressar de forma imediata na carreira de modelo com assinatura de contrato com grandes marcas de roupas e óculos infantis com cachê inicial de R$ 500.

Após a falsa promessa, os pais e responsáveis eram convidados em participar com as crianças – das mais variadas idades, do primeiro trabalho remunerado que seria realizado, neste fim de semana, em um hotel no centro de Belo Horizonte.

Ao chegar no hotel os pais e responsáveis das crianças recebiam a informação que para a realização do trabalho remunerado era imprescindível o pagamento de R$ 3 mil para a criação de um book fotográfico para a criança ingressar definitivamente no mercado de modelo mirim.

Após o pagamento do book,  novos impecilhos e pagamentos eram solicitados aos responsáveis legais das crianças. A partir daí, as famílias assumiam dívidas altas com a agência de modelos com Sede em São Paulo.

A polícia conseguiu chegar até o hotel após denúncias de pais que contraíram dívidas e os filhos não teriam feito nenhum trabalho de modelo, nem teriam recebido de forma imediata o book fotográfico.

No local foram apreendidos celulares e notebooks. No espaço trabalhavam diversos fotógrafos e agenciadores. A polícia ainda investiga se o grupo formado por 15 profissionais também sabia do golpe ou só era uma equipe prestadora de serviço.

” O espaço foi montado com muito profissionalismo para enganar as pessoas que eram levadas para o local com a promessa de emprego e remuneração garantidos, mas quando chegavam no local assumiam dívidas com a empresa. Uma vítima, por exemplo, parcelou cerca de R$ 3 mil no cartão de crédito do pai. Contra esse homem, que já aplicou esse golpe pelo menos quatro vezes em Minas, já existem três boletins de ocorrência”, destacou o delegado Diego Lopes.

Ainda conforme o delegado, o homem vai responder por estelionato e crime contra a ordem tributária – por não fornecer nota fiscal da venda dos books.

COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA