Mecânico ferido após queda de avião da PF deixa o hospital João XXIII, em BH

Aeronave da Polícia Federal caiu no Aeroporto da Pampulha na última quarta-feira (6 de março) — Foto: Fred Magno / O TEMPO

O mecânico Walter Luiz Martins, de 51 anos, que ficou ferido após a queda de um avião da Polícia Federal (PF), no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, recebeu alta médica nesta sexta-feira (8 de março). Ele estava internado no hospital João XXIII desde a última quarta-feira (6), data do acidente.

O profissional, que havia sido contratado por uma empresa terceirizada para a manutenção da aeronave, foi levado para a unidade de saúde logo após o acidente. Ele estava “lúcido e orientado” quando foi socorrido, conforme divulgado pela Polícia Federal (PF).

“Ele se encontra em atendimento, lúcido e orientado. A Polícia Federal já iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente, envolvendo a aeronave Cessna Caravan 206B, e enviará nas próximas horas peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos para auxiliar nas apurações”, disse a PF, em nota divulgada na quarta-feira (6).

No hospital, o mecânico chegou a ser entubado. Em seguida, diante da melhora do quadro clínico, ele foi transferido para o setor de atendimento ao paciente politraumatizado, onde permaneceu em observação. O profissional, segundo a polícia, é natural de Brasília, no Distrito Federal.

O acidente

Além do mecânico ferido, o acidente com o avião da PF, no Aeroporto da Pampulha, vitimou os pilotos José de Moraes Neto, de 50 anos, e Guilherme de Almeida Irber, de 44.

O velório e o sepultamento deles foram realizados durante a manhã desta sexta-feira (8), em Brasília. Por causa das mortes, a corporação decretou luto de três dias e se solidarizou com os familiares das vítimas.

Investigação

Imagens de câmeras de segurança do aeroporto mostram o momento em que a aeronave decola e começa a perder altitude. O piloto tenta retornar para a pista, mas não consegue, e o avião cai nas proximidades da barragem da Pampulha. Conforme especialistas ouvidos pela reportagem, a suspeita é que um problema mecânico tenha causado a perda de potência da aeronave – a falha pode estar relacionada ao motor.

Registros da aeronave indicam que ela teria feito dois voos curtos, na terça-feira (5 de março) e na segunda-feira (4 de março). Eles tiveram duração de cerca de 30 minutos, em uma manutenção e testagem de voo.

Na quarta-feira (6), durante o voo que acabou na tragédia, a aeronave passou pouco mais de 50 segundos no ar, entre a decolagem e o momento que ela colide no chão. Além disso, em uma transmissão 24h, foi possível ouvir o diálogo entre os controladores de voo no momento em que eles constatam a tragédia.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, por meio de nota, que iniciou, na tarde de quarta-feira, as apurações sobre o ocorrido no local. A perícia foi realizada.

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