Minas fecha semestre com redução de 8% nos roubos e de 4% nos homicídios

Foto: Divulgação

Dez das 12 estatísticas de crimes violentos monitorados em Minas apresentaram queda no primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. As reduções chegam a 50,9%, como nos registros de extorsão mediante sequestro, com destaque também para a queda dos casos de homicídio tentado (-15,2%).

Os roubos – que subiram seguidamente por seis anos – apresentaram recuo pelo terceiro mês neste ano. O índice alcançou a maior variação percentual de diminuição dos últimos seis anos em Minas Gerais: -8%, o que significa 5.305 ocorrências a menos deste tipo de crime no primeiro semestre do ano na comparação com igual período em 2016.

 

Observatório

Importante indicador da violência, o número de homicídios também está em queda de 4% em todo o Estado. Dados do Observatório de Segurança Cidadã, da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), mostram que, no interior, 70% dos municípios não tiveram registro de assassinatos, ou mantiveram ou reduziram os índices.

Entre as cidades do interior com reduções dos homicídio está Varginha, no Sul de Minas, com uma queda de 75%. Foram quatro ocorrências nos seis primeiros meses de 2016, contra um no mesmo período deste ano.

Quando a avaliação é relacionada ao número absoluto de vítimas, Ribeirão das Neves, na região metropolitana, é o principal exemplo. No primeiro semestre deste ano foram 46 homicídios, ante 77 do ano passado – 31 mortes a menos.

Resultados

Os números foram apresentados pelo governado de Minas Fernando Pimentel, durante reunião da Câmara de Coordenação das Políticas de Segurança Pública, no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte. Ele atribuiu os resultados ao “compromisso do Executivo” com a segurança no Estado.

“Nossas forças de segurança são respeitadas. Vale dizer que elas têm um índice de letalidade menor, mas também uma exposição muito menor dos agentes no trabalho, o que é o ideal, buscando esse cenário de pacificação”, destacou Pimentel, ressaltando que a atuação da polícia mineira prioriza o trabalho de pacificação ao invés do confronto.

 

Ação integrada é principal estratégia adotada no Estado

A criação da Câmara de Coordenação de Políticas de Segurança Pública é uma estratégia adotada pelo governo para ampliar a discussão e traçar ações conjuntas envolvendo os agentes ligados à área.

“Incrementamos o número de homens e mulheres nas ruas e o quantitativo de viaturas das duas polícias e estamos fazendo gestão focada em prevenção à criminalidade e integração do sistema de segurança”, avaliou o secretário de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes.

O chefe da Polícia Civil, João Octacílio Neto, destacou o trabalho de investigação que está sendo feito no Estado. “Estamos com uma série de ações dentro do programa + Segurança, e uma delas é o intercâmbio de informações que estamos fazendo com a Polícia Civil de outros estados, principalmente da região Sudeste. Não existe fronteira. Essa integração vai dar resultado positivo”, afirmou.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró, destacou que houve uma redução de 34% na ocorrência de crimes de explosão de caixas eletrônicos comparando o primeiro semestre de 2017 com o de 2016. “Temos estratégias para identificar essas quadrilhas com um trabalho de inteligência com a Polícia Civil”.

O coronel afirmou, ainda, que uma das medidas para combater a criminalidade no interior é a redistribuição de policiais militares em cidades onde haja demanda pelo aumento do efetivo.

 

Programa +Segurança

São mais de 2.800 novos policiais militares nas ruas nos últimos meses para atendimento ao cidadão, e mais mil novos investigadores da Polícia Civil.

O governo lançou o programa + Segurança e, além do incremento de pessoal, também colocou a disposição das polícias Militar e Civil 1.817 viaturas, sendo 395 delas apenas em Belo Horizonte.

Um projeto de atuação setorizada da Polícia Militar, também dentro do +Segurança, também já está em fase final e, nas próximas semanas, garantirá que nenhum morador da capital fique a mais de quatro quilômetros de um patrulhamento da polícia.

O projeto começa por Belo Horizonte e, nos próximos anos, será estendido para a região metropolitana e para as cidades polo de Minas.

Os dados de criminalidade, não só de homicídios, mas de todos os 12 crimes monitorados pela Sesp nos 853 municípios do Estado, estão disponíveis para consulta on-line, de forma rápida e transparente. Basta acessar o site da secretaria (seds.mg.gov.br).

VIARedação
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