Estelionatário de Sete Lagoas é preso ao tentar comprar joias em Montes Claros usando dados de médico de BH

“Fizemos contato com o cirurgião plástico e ele alegou que nunca teve contato com o indivíduo preso e nunca perdeu documentos. Ele tomou providências e fez um boletim de ocorrência para se resguardar, caso outras situações possam surgir”, explica a delegada Thalita Caldeira.

De acordo com as informações levantadas pelos policiais, o golpista entrou em contato com uma vendedora da joalheria na segunda (10) e escolheu uma pulseira e uma corrente de ouro, avaliadas em R$ 10 mil.

Após se identificar como médico, o homem enviou uma foto de seu suposto documento de identidade. Ele chegou a mandar um falso comprovante de pagamento das joias. Além disso, informou que estava viajando e que o filho faria a retirada da corrente e da pulseira.

Ao verificar que o dinheiro não havia sido creditado e por suspeitar da insistência do golpista, a funcionária acionou a Polícia Civil.

“Prender estelionatários é muito difícil, porque eles são espertos e geralmente usam documentos falsos. Nesse caso, a ação rápida foi fundamental para a prisão e para evitar o prejuízo”, destaca a delegada.
Os policiais foram até a joalheira e abordaram um mototaxista que chegou no comércio para retirar as joias. Ao ser questionado, ele falou que foi contratado para fazer a entrega na Praça da Matriz.

Em seguida, os investigadores foram ao local e abordaram o estelionatário. Outro homem que estava com ele conseguiu fugir, mas foi qualificado como coautor pela Polícia Civil. Ele também vai responder pelo crime de estelionato.

De acordo com os levantamentos, os dois homens são de Sete Lagoas e estavam hospedados em Montes Claros. Foram apreendidos documentos, um celular e um carro em um hotel da cidade.

O preso contou à Polícia Civil que começou a conversar com a vendedora da joalheria ainda em sua cidade de origem. Ao verificar a possibilidade de aplicar o golpe, veio para o Norte de Minas.

“A orientação é de que os vendedores tenham o máximo de cuidado, certificando se de fato o pagamento foi feito antes de entregar o bem e verificando se realmente o valor pago está em conta, sem confiar apenas em documentos encaminhados virtualmente, como comprovantes de depósito. Muitos agem com pressa para fazer um bom negócio, mas façam a venda com calma, chequem as informações apresentadas e verifiquem os documentos do comprador”, orienta a delegada Thalita Caldeira.

A prisão em flagrante foi ratificada na delegacia e o homem esta à disposição da Justiça. Ele tem passagem por roubo. O G1 ainda não conseguiu localizar a defesa dele.