“Minha mãe era tudo para nós”, diz filha de motorista de app

Família suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte)

Margarete Nascimento, de 49 anos, perdeu o trabalho de cozinheira, há cerca de três meses. Desde então, ela passou a alugar um carro e rodar como motorista de aplicativo. Sozinha, ela sustentava duas fil0has e duas netas. No domingo, a condutora saiu para trabalhar e não voltou. Nesta terça-feira (12), o corpo dela foi achado na serra do Rola-Moça, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A família suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte), já que pertences sumiram. “Minha ficha ainda não caiu. Para mim, isso é mentira”, disse Jaciara Nascimento, de 28 anos, uma das filhas da vítima.
Últimos passos
Segundo Jaciara, a família almoçou junto no domingo. Depois, a mãe foi trabalhar, mas não voltou. A rota do GPS mostrou que o carro estava no Vale do Jatobá, na região do Barreiro, mas a mulher não estava no local. Havia sangue no carro, e a carteira estava sem dinheiro e sem o cartão. O GPS mostrou que o veículo ficou parado na serra, onde o corpo foi achado.
Destemida
Apesar de inexperiente como motorista de aplicativo, Margarete não temia ser vítima de algum crime. “Ela não tinha medo. A gente tinha medo por ela. Pedíamos para ela não rodar até tarde e não ir para longe.

Aconselhávamos que ela também não ‘desse papo’ para estranhos”, lamenta Jaciara. Por causa do medo da família, Margarete mantinha contato com a família durante o expediente. “A gente sempre fazia contato com ela por mensagem. Ela respondia onde estava”, lembra a filha.

Câmeras mostram homem

As imagens das câmeras de segurança de um imóvel próximo de onde o carro foi achado, no Vale do Jatobá, na região do Barreiro, mostram um homem abandonando o veículo e deixando o local sozinho.

Segundo a família, a imagem não tem cores e não é possível ver, com clareza, o rosto do suspeito. “Não consigo entender por que fizeram isso com minha mãe, ela era um amor” revelou Jaciara Nascimento. A Polícia Civil investiga o crime.

Entrevista com Jaciara

A sua mãe tinha algum desafeto?

Minha mãe não tinha desavença com ninguém. Quando ela sumiu, várias pessoas vieram tentar ajudar a encontrá-la. Minha casa ficou cheia de gente. Ela era muito querida.

Como era a relação de vocês com Margarete?

Minha mãe era tudo para todos nós. Éramos superamigas. No domingo (antes de sair para trabalhar), ela me pediu um abraço e eu falei que a amava.

VIARedação
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