Cartazes brincalhões espalhados em Belo Horizonte atraem atenção e riso dos moradores

Pombo Junior Baiano está desaparecido desde o dia 21 de julho. — Foto: Redes sociais

Cartazes inusitados com rostos de animais como o pombo Junior Baiano, o rato Hermes Trismegisto, a barata Vampeta e o urso polar Pelota têm chamado a atenção dos moradores da Savassi e outros bairros de Belo Horizonte. O que poderia ser um caso real de desaparecimento de bichos na cidade na verdade faz parte de uma curiosa pesquisa artística realizada pelo mestrando em Artes Visuais, Paulo Baraldi, de 32 anos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A ideia surgiu durante sua pesquisa sobre arte pública, e Paulo decidiu espalhar cerca de 400 cartazes engraçados nas ruas para analisar a reação das pessoas. Ele buscava quebrar a expectativa do público, desenvolvendo cartazes de animais perdidos pouco comuns, mas a brincadeira repercutiu de forma muito maior do que imaginava.

Com o pombo Junior Baiano na Savassi, o rato no Centro, e a barata e o urso polar no bairro Sion, Paulo recebeu inúmeras ligações e mensagens dos moradores. A intervenção artística já mostrou que há demanda por uma cidade mais divertida, onde novas formas de enxergar o ambiente urbano possam promover a arte e dar voz aos indivíduos.

Junior Baiano, Hermes Trismegisto, Vampeta e Pelota estão desaparecidos em BH. — Foto: Arquivo pessoal

“Tem essa demanda por uma cidade mais divertida, uma cidade na qual indivíduos possam ter mais voz mesmo. Quando se fala de arte pública em BH, a pessoa vai pensar no Pirulito da Praça Sete, no Circuito de Arte Urbana (Cura), em coisas muito grandes, geralmente autorizadas pelo poder público e que são muito sérias. Pelo tanto que repercutiu, tem muito espaço para brincadeiras”, afirma Paulo.

Embora a brincadeira tenha causado risadas e curiosidade entre os moradores, ela faz parte de um estudo mais amplo que conta com outras intervenções artísticas. A pesquisa mostra que a arte pode trazer leveza e alegria ao ambiente urbano, demonstrando a possibilidade de uma cidade mais descontraída e receptiva às propostas criativas.

Não é a primeira vez que um caso de pombo desaparecido chama atenção em Belo Horizonte, mas desta vez, a situação mostra que o humor e a arte têm um lugar cativo nas ruas da capital mineira.

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