Inquérito conclui que fisiculturista sete-lagoano foi vítima de homicídio

Coletiva de imprensa

A ação truculenta de seguranças de uma casa de show da capital está sendo apontada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) como causa da morte do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos. Em razão desse crime, foram indiciados dois seguranças de uma empresa privada, sendo eles Carlos Felipe Soares, de 30 anos, e William da Cruz Leal, de 32, e outros dois profissionais informais, Paulo Henrique Pardim de Oliveira, de 29, e um cabo da Polícia Militar. Pontelo foi morto na madrugada do dia 02 de setembro deste ano, no bairro Olhos D’Água, região do Barreiro.

O Superintendente de Polícia Judiciária, Delegado-Geral Márcio Lobato, ressaltou a expertise da equipe envolvida nas investigações, que conseguiu identificar não só as circunstâncias, como também a motivação para o crime.

Conforme explicou o Delegado responsável pelo inquérito policial Magno Machado, os seguranças Carlos e William desconfiaram que Allan portava drogas ilícitas e decidiram segui-lo. A vítima estava acompanhado de um amigo quando foi abordada, a caminho do banheiro.

Enquanto os seguranças revistavam o jovem, foram encontradas substâncias entorpecentes com a vítima. O rapaz foi então conduzido até a parte de trás dos banheiros, longe das câmeras de segurança.

“Nesse momento, Paulo Henrique se aproximou e se identificou como policial civil, informando à vítima que a mesma seria presa. Allan se desesperou e tentou sair do local, momento em que passou a ser agredido”, destacou Machado.

Paulo Henrique tinha o hábito de se passar por policial civil para extorquir, por meio de chantagem, clientes flagrados com drogas na boate. No momento em que iniciaram as agressões contra Allan, o falso policial sacou uma arma de fogo e impediu que outras pessoas se aproximassem da vítima. O militar também auxiliou no crime, dificultando a aproximação de outros clientes.

“Durante as agressões, Carlos aplicou um ‘mata leão’ em Allan Pontelo, fato determinante para sua morte”, concluiu o delegado. Os quatro envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, mediante asfixia e com emprego de meio que dificultou a defesa da vítima. Carlos Felipe foi detido, durante operação da Polícia Civil, no dia 24 de outubro, e permanece preso. Contra William e Paulo Henrique constam mandados de prisão em aberto, mas os dois ainda não foram localizados. O militar, por ter menor participação no crime, irá responder em liberdade.

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