Operação em BH tem como alvo quadrilha que aplicou golpe de R$ 700 mil em militares

Operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desencadeada nesta quarta-feira tenta cumprir onze mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva contra uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em policiais militares e membros das Forças Armadas. As ordens judiciais são cumpridas em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Mateus Leme, na Grande BH, e São Francisco, Norte de Minas.

De acordo com o MPMG, foram identificadas mais de 30 vítimas, com prejuízo de R$ 700 mil. Somente uma das vítimas perdeu mais de R$ 200 mil para os criminosos.

A operação foi batizada de Ilusionista. As investigações apontaram a existência de organização criminosa voltada para a prática de diversos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. “O grupo criminoso atuava, em sua maioria, contra policiais militares e militares das Forças Armadas da reserva e pensionistas, geralmente pessoas idosas ou portadoras de doenças graves, ludibriando as vítimas com falsas alegações de que teriam direito a vantagens em dinheiro em virtude de ações judiciais exitosas contra entidades de previdência privada ou de seguros de vida”, diz nota do MPMG.

Conforme o Ministério Público, os bandidos usavam nomes de autoridades do alto comando da PM para enganar as pessoas. Assim, conseguiam convencer as vítimas a depositar grandes valores em dinheiro referentes a falsos honorários ou custas processuais em contas bancárias informadas pelo grupo, ‘sob a alegação de que deveriam efetuar tais pagamentos para obter a liberação do dinheiro’.

Operação

A operação mobiliza agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da 11ª Promotoria de Justiça da de Belo Horizonte, do batalhão de Choque, da Rotam e da Polícia Penal. São dois promotores de Justiça de Minas Gerais, dois servidores do Ministério Público, 63 policiais militares e dois penais

Ilusionista

Na definição do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, ilusionismo “é arte de criar ilusão por meio de artifícios e truques”. O nome da operação é uma referência às estratégias ardilosas utilizadas pelos criminosos para inculcarem nas vítimas a ilusão de que teriam grandes quantias a receber em ações judiciais que, na verdade, nunca existiram.

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